Câncer é um grupo de doenças que ocorrem quando as células se tornam anormais (mutantes) dividindo-se e formando mais células, sem controle ou ordem.
O câncer é resultado de uma série de alterações nos genes que controlam o crescimento e o comportamento celular. A ocorrência e a falta de controle dessas alterações genéticas são objeto de intensas pesquisas médicas em todo o mundo.
Alguns desses genes são hereditários e seus portadores podem ter predisposição ao câncer. No entanto, outros tipos de câncer são considerados esporádicos, não hereditários, mas responsáveis por 80% de todos os tipos de câncer.
Os estágios que sofrem as células e o surgimento do câncer
O câncer é fundamentalmente uma doença genética. Quando o processo neoplásico se instala, a célula-mãe transmite às células filhas a característica neoplásica. Isso quer dizer que, no início de todo o processo está uma alteração no DNA de uma célula.
Esta alteração no DNA pode ser causada por vários fatores, fenômenos químicos, físicos ou biológicos. A esta alteração inicial damos o nome de estágio de iniciação. Porém, uma só alteração no DNA não causa câncer. São necessárias várias alterações em seqüência para que essa célula torne-se cancerosa.
O estágio de promoção é o segundo estágio da carcinogênese. Nele, as células geneticamente alteradas, ou seja, "iniciadas", sofrem o efeito dos agentes.
A célula iniciada é transformada em célula maligna, de forma lenta e gradual. Para que ocorra essa transformação, é necessário um longo e continuado contato com o agente cancerígeno promotor.
O estágio de progressão é o terceiro e último estágio e se caracteriza pela multiplicação descontrolada e irreversível das células alteradas. Nesse estágio o câncer já está instalado, evoluindo até o surgimento das primeiras manifestações clínicas da doença.
As principais causas do câncer em Adultos
A partir dos 55 anos, a incidência da doença cresce em nível exponencial. Isso quer dizer que quanto mais tempo uma pessoa tem para expor seu material genético a um fator qualquer que possa alterá-lo, maior será a chance disso acontecer.
A ocorrência de mutações, logicamente, ocorre no momento da divisão celular. Isso porque a célula deve estar duplicando o seu DNA, e a possibilidade de erros é maior. Assim, substâncias que levam a um aumento na população de determinadas células são também, indiretamente, agentes capazes de aumentar a ocorrência de mutações genéticas.
A radiação é um tipo de carcinógeno que age lesando diretamente o DNA da célula. A inflamação crônica de algum órgão, como o intestino, por exemplo, causa aumento da divisão celular, e aumenta a chance de alguma mutação. Dessa forma, gorduras animais, que causam um tipo de inflamação na mucosa intestinal, são carcinógenos "indiretos".
É por essa razão que se orienta uma dieta com fibras. Essa dieta aumenta o volume do bolo fecal, diminuindo o tempo de exposição de todas as substâncias à mucosa intestinal, além de diminuir a concentração da gordura animal na massa fecal total.
A ação de hormônios é semelhante. Eles aceleram a divisão celular de alguns tipos de células, facilitando a ocorrência de mutações.
O fumo desenvolve uma ação carcinogênica mista. Ele é capaz tanto de lesar o DNA das células do corpo inteiro, quanto, diretamente, irritar as mucosas, causando inflamação crônica na boca, garganta, brônquios e pulmões. É por isso que o fumo pode causar também câncer de bexiga e pâncreas, por exemplo, não ficando limitado às vias aéreas.
As alterações específicas geradas no DNA que esses vírus causam ainda não estão bem determinadas. O que se sabe é que há uma completa integração do genoma do vírus no genoma (DNA) da célula hospedeira, sendo que esta célula dará origem à oncogênese.
As neoplasias ditas hereditárias estão relacionadas com a perda de genes supressores de tumor. Isso explica a quase totalidade das doenças neoplásicas que existem em crianças, geralmente produzidas por um aumento da predisposição ao desenvolvimento de tumores já ao nascimento.
Outras situações em que pode ocorrer lesão direta do DNA é quando ocorre invasão celular por vírus. Como exemplo mais evidente temos o vírus das hepatites B e C, que a longo prazo podem causar câncer hepático. Também há a associação do papilomavirus (HPV) com o câncer de colo de útero.
Não podemos encarar o câncer como um processo que tenha uma causa específica.
A neoplasia é o produto de um processo genético inicial, invariavelmente seguido de um outro, e assim por diante, desencadeando algo como uma cascata de derrubadas de dominó. Por carcinogênese se entende, portanto, todo o processo que se inicia na primeira mutação e termina nas alterações moleculares que resultam no câncer clinicamente detectado.
Como podemos nos prevenir contra o câncer
Muitas pessoas não fazem exames de rotina porque têm medo de descobrir que têm câncer.
Apesar dos exames serem realizados para detectar a doença, a grande maioria das pessoas examinadas está livre da doença. Detectar doenças que põem em risco a vida das pessoas tão cedo quanto possível oferece a maior oportunidade de cura e sobrevida, com a melhor qualidade de vida.
A maioria dos exames preventivos não diz se você tem câncer ou não. O que eles fazem é indicar condições anormais, que podem ser causadas pelo câncer, ou que podem ser precursoras do câncer.
Um exame preventivo positivo requer uma investigação mais completa. Alguns exames adicionais podem ser realizados para encontrar a causa do resultado positivo, e determinar se o câncer está ou não presente. O diagnóstico confirma a presença e a localização de um tipo específico de câncer.
Além dos exames outro modo de nos prevenir é tentar ter uma vida saudável, mudar certos hábitos prejudiciais a nossa saúde, vejamos abaixo como podemos fazer isto:
a) Alimentação
Diminua a ingestão de gorduras
Dê preferência às carnes brancas, como a do frango, sem pele, peru ou peixe. Retire toda a gordura da carne antes de prepará-la.
Escolha leite e derivados desnatados ou semi-desnatados.
Evite molhos à base de ovos e óleo, como maionese.
Inclua frutas, verduras e legumes variados na sua alimentação diária (pelo menos cinco porções diárias) • coma alimentos ricos em fibra, como cereais integrais, farelos de cereais, frutas e vegetais.
b) Atividade Física
Use escadas ao invés de elevador.
Desça do ônibus, trem ou metrô um ponto antes de seu destino.
Estacione seu carro um pouco mais distante do que o habitual.
Evite usar o carro, sempre que possível.
Passe menos tempo em frente da televisão ou computador.
c) Hábitos
Pare de fumar.
Limite a ingestão de bebidas alcoólicas. Não se deve tomar mais do que um drinque por dia.
A mulher deve fazer auto-exame de mama todo mês.
O homem deve fazer auto-exame de testículos todo mês.
Evite a exposição prolongada ao sol e use filtro solar fator 15, no mínimo.
Faça regularmente auto-exame de boca e pele.
Alguns sintomas que precisam ser checados
Sintomas persistentes são especialmente importantes como alertas para o câncer. Apesar de na maioria das vezes serem alarmes falsos, é sempre melhor ter os sintomas checados.
É difícil lembrar de todos os sintomas dos mais de 200 tipos de câncer, mas, os seguintes sintomas são os principais e mais comuns:
Uma mudança no hábito intestinal ou urinário;
Uma mudança na rotina de quantas vezes se vai ao banheiro, para urinar ou evacuar. Uma mudança em qualquer rotina pode ser um sinal de câncer: constipação crônica, ou, contrariamente, diarréia de longa duração, podem ser sintomas de câncer de cólon ou reto. a avaliação médica é importante, pois o tratamento sintomático com laxativos ou constipantes pode retardar o diagnóstico. Sangramento nas fezes também deve ser prontamente investigado por um médico. Também deve-se procurar um médico caso haja dificuldade ou dor para urinar, ou sangramento na urina pode significar câncer de próstata ou bexiga.
Feridas que não cicatrizam;
O câncer de pele pode sangrar, ou parecer um machucado que não cicatriza pode surgir em qualquer lugar do corpo, incluindo os órgãos genitais. Estas feridas também podem aparecer na boca ou garganta, e devem ser avaliadas logo que notadas; isto é particularmente importante para fumantes, ou pessoas que bebem grande quantidade de álcool; • sangramento não usual;
Sangramento anormal pode ocorrer no câncer inicial ou avançado. Tosse com escarro e sangue pode significar câncer de pulmão. Uma mulher com sangramento vaginal entre os períodos de menstruação, ou após a menopausa, deve procurar um médico imediatamente. Câncer de endométrio ou de colo do útero podem causar sangramento vaginal;
Sangue nas fezes pode significar câncer de cólon e reto, e sangue na urina pode significar câncer de bexiga ou rins. Secreção sanguinolenta pelo mamilo pode ser um sinal de câncer de mama;
Inchaço ou nódulos na mama ou de outro órgão;
Muitos tumores podem ser sentidos através da pele, principalmente na mama, nos testículos ou partes moles do corpo. Também o aparecimento de gânglios (nódulos) como, por exemplo, nas axilas, pode ser algum sinal de que algo não vai bem. Em geral, qualquer nódulo ou aumento de volume de algum órgão deve ser prontamente relatado a um médico, para avaliação;
Indigestão ou dificuldade para engolir. Estes dois sintomas são conhecidos como dispepsia e disfagia, e podem indicar câncer de esôfago, estômago ou faringe (o tubo que conecta a boca ao esôfago). Geralmente quando estes sintomas estão presentes, o tumor pode estar num estágio mais avançado, portanto a procura de um médico deve ser imediata;
Mudança recente numa verruga ou mancha;
Verrugas ou manchas que mudam de cor, perdem a definição das bordas, ou crescem devem ser vistas por um médico imediatamente. Estas lesões podem significar melanoma, uma doença bastante agressiva, mas com altas taxas de cura se tratadas precocemente;
Tosse ou rouquidão persistente;
O desenvolvimento de tosse que dura mais do que duas semanas é um sinal importante, que deve ser visto por um médico. Juntamente com rouquidão prolongada, pode indicar uma neoplasia de pulmão, laringe (caixa da voz), ou tireóide. Geralmente sugerem estágios mais avançados da doença;
Emagrecimento espontâneo rápido;
Perda de peso, fraqueza, febre, dor podem também ser sintomas muito importantes.
Os principais tipos de tratamento contra o câncer
a) Cirurgia
É o mais antigo e mais definitivo método de tratamento, quando o tumor é localizado, em circunstâncias anatômicas favoráveis. Para muitos tipos de câncer apenas a cirurgia não é suficiente, devido à disseminação de células cancerosas local ou difusamente.
b) Radioterapia
É o mais utilizado para tumores localizados que não podem ser ressecados totalmente após a cirurgia. Tem efeitos colaterais, principalmente a lesão de tecidos normais adjacentes ao tumor. A quantidade de radiação utilizada depende do tipo de tumor, e é medida em Gray.
c) Quimioterapia
Foi o primeiro tratamento sistêmico para o câncer. Na maioria das vezes consiste em uma associação de drogas, pois nos tumores há subpopulações de células com sensibilidade diferente às drogas antineoplasicas. Os mecanismos de ação das drogas são diferentes, mas sempre acabam em lesão de DNA celular. A toxicidade contra células normais é a causa dos efeitos colaterais (náuseas, vômitos, mielossupressão). Pode ser usada como tratamento principal (leucemias, linfomas, câncer de testículo), mas normalmente é adjuvante, após tratamento cirúrgico ou radioterápico.
d) Terapia Biológica
Usam-se modificadores da resposta biológica do corpo frente ao câncer, "ajudando-o" a combater a doença (linfoquinas, anticorpos monoclonais). Usa-se também drogas que melhoram a diferenciação das células tumorais, tornando-as de mais fácil controle. Este tipo de tratamento está sendo o mais promissor para o futuro. Já existem várias “drogas inteligentes” utilizadas no tratamento de linfomas, leucemias crônicas e câncer de mama.
Câncer na infância e adolescência
De uma maneira geral, é importante ressaltar que câncer em crianças e adolescentes é evento raro. Sempre. Quando esta doença é suspeitada ou diagnosticada, as crianças e adolescentes devem ser encaminhados o mais rapidamente possível a algum centro especializado que possua uma equipe com experiência no tratamento de canceres desta faixa etária.
Estes centros podem garantir a oferta do melhor tratamento atualizado, cuidados de suporte e reabilitação para se ter as maiores chances de cura e qualidade de vida.
Outro conceito importante é a diferença na visão geral do tratamento do câncer no jovem em relação ao adulto. Neste último, nem sempre o objetivo do tratamento é a cura, pois leva em conta a idade e o estágio do tumor e se enfatiza muito em qualidade de vida.
Se para uma pessoa de 70 anos, que já construiu sua vida, 5 anos a mais de vida, podendo comer, andar e fazer coisas que lhe dão prazer podem significar o sucesso do tratamento, isto não é válido no tratamento do câncer infantil.
Nestas, a cura total da doença é sempre o objetivo final. Queremos que a criança possa crescer, trabalhar e constituir família, isto é, viver toda uma vida. Isto explica porque as terapias convencionais são mais agressivas em crianças, mesmos em casos avançados de doença ao diagnóstico. Mas quando isto falha, tudo é feito para se garantir uma boa qualidade de vida a ela também.
Causas do câncer na idade jovem
As causas que levam ao aparecimento de câncer nos jovens são diferentes das nos adultos. Estão muito mais ligadas a fatores genéticos do que a exposição no ambiente a agentes carcinogênicos.
Em aproximadamente 10 a 15% dos casos são reconhecidos outros casos na família, ou a criança possui alguma doença genética que confere maior propensão a determinados tipos de câncer, por exemplo, na Síndrome de Down, onde os portadores têm maior chance de desenvolver leucemia. Outros fatores que estão associados ao aparecimento de câncer nesta idade seriam: exposição à radiação ionizante, vírus (Epstein-Barr) e exposição intra-uterina a hormônio.
Exames preventivos
Diferente dos adultos, não existe nenhum exame específico associado à idade que pode ser feito de rotina para se detectar precocemente o câncer na criança, na população geral.
O mais importante é que toda criança seja seguida periodicamente por um pediatra, e que os responsáveis levem a este pediatra se suspeitarem de qualquer sinal que a criança apresente.
Este profissional deve ser capaz de examinar cuidadosamente e suspeitar de câncer caso seja pertinente e então encaminhar ao centro especializado que convém, mesmo sem a certeza do diagnóstico.
Sinais de alerta
A maioria dos tumores da infância é curável, sendo que o prognóstico está fortemente ligado ao tipo de tumor, extensão da doença ao diagnóstico e eficácia do tratamento.
Os sinais e sintomas dos tumores infantis envolvem manifestações comuns a outras doenças não malignas, por isso somente um exame cuidadoso e a história obtida pelo pediatra levantam a suspeita. Isto se torna mais fácil se o médico já conhece e acompanha a criança há mais tempo.
Entre as manifestações mais comuns temos:
Palidez, anemia;
Petéquias ou equimoses espontâneas, não ligadas a traumas;
Febre baixa, diária, de origem indeterminada;
Perda de peso;
Sudorese noturna;
Dor óssea ou nas juntas persistente sem história de trauma local;
Aumento persistente, progressivo e indolor de linfonodos (ínguas);
Massa abdominal ou em tecidos moles;
Dor de cabeça com dificuldade para andar e vômitos não associados à alimentação;
Mancha brilhante dentro do olho (tipo "olho de gato”)
Tipos de câncer infantil
Os tumores mais comuns da infância são: leucemia linfoblástica aguda, leucemia mielocítica aguda, tumores cerebrais: gliomas, astrocitomas cerebelar e cerebral, meduloblastoma, sarcoma de Ewing ou tumores da família Ewing, tumor de células germinativas, linfoma de Hodgkin, linfoma não-Hodgkin, neuroblastoma, câncer hepático, osteossarcoma/histiocitoma fibroso maligno do osso, retinoblastoma, rabdomiossarcoma, tumor de Wilms e sarcoma de tecidos moles.
Tratamento
No câncer infantil, assim como nos adultos, o tratamento está baseado no uso de quimioterapia associada à cirurgia e radioterapia.
O uso dessas armas vai depender do tipo e a extensão da doença ao diagnóstico. Porém, existe uma diferença crucial do tratamento de jovens em relação aos adultos: não podemos nos esquecer que estamos tratando pessoas em fase de crescimento e desenvolvimento.
A radioterapia e mesmo o uso de várias drogas tóxicas ao organismo podem levar, a longo prazo, a conseqüências desastrosas para o futuro da criança como baixa altura ou até mesmo um segundo câncer. Isto torna ainda mais desafiador a luta contra o câncer e estimula a procura de novos métodos de tratamento mais eficientes e menos agressivos.
Fonte: www.hospitaldocancer.org.br
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